Esses dias eu entrei no blog GATA DE RODAS, da Verônica Mambrini (a quem não conheço pessoalmente mas espero poder fazê-lo um dia, já que temos o mesmo gosto por bicicletas) e um dos posts me chamou a atenção. No post ela se queixava de não se sentir a vontade com certos tipos de elogio porque nunca tinha como saber as intenções de quem estava elogiando. Como ela disse no blog, gostaria de ter a chance de sorrir para um elogio sem ser vista como "uma vagabunda dando mole".
Eu li, reli, e pensei comigo: "essa culpa tem que ser dividida 50/50" É fato: se a coisa chegou a esse ponto, é porque as mulheres também deixaram que chegasse. Se o cara avança em cima como uma hiena avança no último naco de carne na face da Terra é porque tem mulher que gosta, deixa e se sente bem com isso. O cara não vai avançar apenas pelo instinto de caça. Se avança, é porque recebeu um sinal da outra parte. Claro que tem uns vietcongues que saem voando sem pensar duas vezes, mas na maioria dos casos é fifty-fifty. Deu sinal verde, já era.
A mulher se tornou um produto a ser consumido. O legal é vestir shortinho socado no traseiro, 4kg de silicone em cada peito e vamo-que-vamo. Mulher Objeto era nome de filme, hoje virou nome próprio. Na visão de alguns, mulher é pra consumir. Na visão de algumas, mulher TEM que ser consumida, senão não vale. E assim la nave va. O Catra vem e fala na lata: "Mulher não gosta de boboca, mulher gosta é de Pi..." e elas gritam em êxtase. Por essas e outras que a frase "você é linda" é vista como tentativa de estupro. Ou pior, o cara que diz isso é considerado "fraco de xaveco". Então tá, né?
Vai chegar o dia em que "você é linda" vai ser encarado, apenas, como o que sempre foi: um elogio. Vai demorar horrores pra isso acontecer, mas vai acontecer.
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