Já que Michael Bay vai mesmo cometer a continuação de Transformers, bem que ele poderia se apiedar da comunidade motociclística e introduzir o personagem acima retratado no filme... que tem tudo pra ser um grande "pudim de nada" como foi o primeiro filme.
Em tempo: pra quem não conhece, este é Groove, uma Honda Goldwing GL 1200. Fazia parte dos Protectobots, uma subdivisão dos Autobots especializada em atendimentos de emergencia e resgates. Seu lema: "Guerra é sempre um problema, nunca uma solução".
Ralph Nader, adovgado norte-americano de 74 anos. Seu livro Unsafe at any speed (Inseguro a qualquer velocidade), publicado em 1965, se tornou a "pedra fundamental" dos direitos do consumidor nos EUA. Batendo sem dó nas corporações automobilísticas - em especial na GM com seu Corvair, tema do primeiro capítulo do livro devido ao comportamento inadequado de sua traseira nas curvas - Nader mudou todo o rumo de um país em termos de segurança automotiva. Materiais deformáveis, cintos de segurança obrigatórios, tudo isso teve o dedo de Nader. A GM tentou difamá-lo de toda forma, mas no fim seu presidente teve de pedir desculpas públicas a Nader no Senado.
Depois do "Corvair affair", Nader enveredou pelo campo dos direitos do consumidor, tendo escrito mais livros e se tornando uma referência em relação ao tema nos EUA. Como curiosidade, você sabia que os avisos sonoros que tocam toda vez que um caminhão ou ônibus dão ré são chamados nos EUA de Nader Bell (Sino de Nader)?
"SÃO PAULO - Cliente enfurecido por não receber documento de veículo que comprou há seis meses danifica doze carros a pauladas em uma revenda de veículos em São Caetano do Sul. Os donos do estabelecimento, segundo a polícia, também foram agredidos".
Este é o texto... melhor, a legenda de duas fotos publicadas recentemente no site Último Segundo. As fotos motravam uma Pajero e uma Zafira que foram brutalizadas por um cliente enfurecido por estar sem os documentos do carro que comprou haviam seis meses.
Claro que uma chamada dessas atrai bastante a atenção, ainda mais pelo inusitado da história - parece uma cena tirada do filme "Um dia de fúria", clássico absoluto dos treinamentos de atendimento pelo mundo afora (eu também fui submetido a assistir aquela sequência do fast food...). Mas o problema está justamente aí: não é apenas uma história inusitada, é um fato jornalístico que deveria ter sido melhor apurado. Um veículo de comunicação do porte do Último Segundo não pode se comportar como um Notícias Populares eletrônico e noticiar um fato desses como se fosse uma conversa de salão.
Uma história dessas tinha obrigação de ser melhor apurada, com ambas as partes dando sua versão do fato. A loja pode ser culpada pela falta do documento por tanto tempo, com também pode NÃO SER culpada (problemas no DETRAN, etc.). Da maneira como foi colocado o fato, o leitor fica privado das informações que poderiam levá-lo a julgar o fato através dos depoimentos de ambas as partes. As conclusões que o texto deixa são:
1) a loja é safada, os donos também são safados e mereceram tudo que aconteceu;
2) o cliente fez o certo, esperar seis meses um documento é paciência demais.
Uma pena que um site desse porte se deixe levar pela sensacionalismo fácil e barato. Ganha-se alguns pageviews a mais no fim do mês, e o jornalismo sai perdendo. Lamentável.
Neste próximo dia 22 eu e minha filha fazemos aniversãrio... eu farei 36 anos e ela fará 5.
Nos momentos que tenho para ficar com ela eu me impressiono com duas coisas. Uma é como as crianças se moldam a figura dos pais. Minha mãe sempre diz que a Melina ("Jardim do Senhor" em hebraico) faz as mesmas coisas que eu fazia quando pequeno. Tem vezes que eu fico olhando pra ela e me surpreendo o quanto ela se parece comigo em quase tudo: o jeito de andar, de se expressar, de rir... até mesmo dormindo ela se parece comigo.
E isso me faz atentar para a segunda coisa que me impressiona: o tanto de responsabilidade que temos na formação dos nossos filhos. Da mesma forma que a criança absorve as coisas boas, também pode absorver - e ainda com mais facilidade - as coisas ruins. Por exemplo, perdi a conta de quantas vezes vi crianças da faixa etária dela dizendo palavrões com a naturalidade de quem pede Coca-Cola. Onde a criança aprende isso? No berçário é que não é. É em casa, com os familiares. Sei de um caso onde a menina fala "puta que pariu" com a maior naturalidade, espelhada na mãe, na tia e na avó que usam o PQP como vírgula. Isso fora outros tipos de manifestação de má criação em público que já cansei de presenciar.
Minha filha também teve sua época de "deslizes", causados por mim, mas já corrigimos isso. Hoje, quando solto um palavrão ou faço algo inadequado ao lado dela ela é a primeira a repreender. Mostra que ela tem noção do que é certo e errado, e de como eu estou modelando-a da maneira correta.
Enfim, o que posso dizer desses cinco anos? Que venham mais 50!
Feliz aniversãrio, filha!
Em 2002 eu trabalhava no setor de pós-venda do negócio da família e, num certo dia, comecei a conversar com um cliente sobre motos. A certa altura a conversa evoluiu para segurança e ele me perguntou qual moto eu tinha. Respondi que tinha uma Falcon e ele retrucou: "Eu tenho uma Shadow. Cara, você vai pensar que é preconceito o que eu vou te falar agora, mas é uma verdade: só quem cai é 125".
Nesses seis anos decorridos dessa conversa, comecei a observar mais atentamente os hábitos da turma das 125. Salvo raríssimas e honrosas exceções, a maioria dos usuários dessas motos não faria feio num avião japonês em plena II Guerra Mundial. Se colocar um capacete daqueles com a bandeira do Sol Nascente estampada e saírem gritando "TORA, TORA", aí a coisa incorpora de vez.
É incrível o que eles acham que podem fazer quando estão em movimento. Já cansei de ser pressionado no trânsito, de ser fechado e certa vez fui espremido por uma Biz que queria porque queria entrar num espaço onde, com muita sorte, só eu caberia. Tava vendo a hora que eu ia desligar a moto do sujeito, de tão perto que ele ficou.
Pior que a imprudência, é a atitude deles: acham que são os donos da rua, e ai de quem resolver reclamar das "proezas" deles. Viram machos na hora, clones de Rocky Balboa prontos pra lutar os dez assaltos e sair gritando: "YO ADRIAN, I DID IT!".
Isso é o que, como se explica isso? Síndrome do Cilindro Pequeno? Transtorno Dissassociativo da Baixa Potência? Complexo de Elektrossi? Cair um dia todo mundo vai cair, isso é fato e independe da cilindrada. O que pega mesmo é que a maioria dos que vão confeirir in loco a textura do asfalto estão nessa faixa de cilindrada.
Resumindo: gente imbecil e sem-noção existe em todas as faixas de cilindrada. Mas o grossa dessa "tendência" está mesmo entre as baixas cilindradas. Será que aquele cliente de seis anos atrás estava com a razão?
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