Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008

Anima-motos

            5 exemplos de moto nos desenhos animados. Boa leitura e boas recordações!

 

 

 DEVLIN, O MOTOQUEIRO (1974)

 

            Nos anos 70  a Hanna-Barbera (“mãe” do Scooby-Doo) lançou essa série que contava as aventuras de Ernie Devlin, um motociclista que ganhava o pão de cada dia com suas acrobacias e saltos mirabolantes num circo. Junto com os irmãos Tod e Sandy, Ernie tocava seu barco da melhor maneira possível, passando por cima das dificuldades do dia-a-dia sempre com garra, persistência e união. E sempre com sua moto, um modelo levemente semelhante as Honda CB daquela época.

 

 

COMENTÁRIO: Foi por causa dessa série que eu passei a gostar de motos. Era um desenho com uma temática mais séria, rompendo inclusive com o padrão vigente da Hanna-Barbera na época, que primava por desenhos de aventura ou humor. Os Devlin eram órfãos de pai e mãe (a morte do pai, num acidente de moto, foi mostrada num dos episódios) e Ernie, por ser o mais velho, era o “chefe da casa”. Entre brigas familiares, problemas do circo e mesmo uma queda numa das apresentações (o que rendeu o melhor e mais emocionante episódio da série), Devlin se tornou o herói animado daquele tempo para muitos garotos – inclusive eu.

CURIOSIDADE: Ernie Devlin teve como inspiração o saudoso Evel Knievel. Nada mais justo, visto que na época Knievel era o rei das “loucuras” com moto.

 

 

CARANGOS E MOTOCAS (1974)

 

            Eu te disse, eu te disse! Mas eu te disse, eu te disse!”

            Essa frase certamente vive na memória de todos que acompanhavam as confusões e aventuras de Wheelie, o fusquinha vermelho protagonista de “Carangos e Motocas”, uma das muitas séries animadas que impulsionou a fama da Hanna-Barbera nos anos 70. Mas quem roubava mesmo a cena não era Wheelie, e sim a turma do Chapa.

            No melhor estilo “somos uma gangue de motoqueiros maus, porém somos burros pra dedéu”, Chapa e sua turma de motos – Risada (a moto do gorro azul), Avesso (o triciclo que sempre se confundia em suas frases – ex.: “ele é o famoso barro com lombriga... quer dizer, o famoso carro de corrida”) e Confuso (a motoquinha laranja, muito semelhante ao Honda Ruckus) armava as maiores encrencas para Wheelie e sua namorada Rotta. No fim tudo dava errado e a turma do Chapa, quando não amargava uma coleção de machucados, ia pra cadeia por cortesia do policial off-road Cap. Dureza e a moto patrulheira Rabo-de-Peixe. Independente da situação, o episódio sempre acabava com a frase clássica do Confuso: “Eu te disse, eu te disse...” e Chapa, de saco e carburador cheios, respondia: “Ah, feche essa buzina... skatapah-pah!”

COMENTÁRIO: A forma de Wheelie se comunicar – com toques de buzina – pode ser entendida como uma homenagem a Herbie, de Walt Disney, que se comunicava da mesma maneira.

CURIOSIDADE: Muitos anos depois a série entrou na grade do Boomerang, mas totalmente redublada. Entre as diversas aberrações, a mais notada (e lamentada) foi a mudança do nome do Chapa para... MOTOCÃO. Dai-me forças, Senhor!

 

 

 

M.A.S.K (1985)

 

            No meio dos anos 80 o SBT comprou um pacote de novos desenhos para bater de frente com a programação infantil da Globo. No “bolo”, veio um desenho onde uma equipe de agentes usando máscaras com poderes especiais e veículos capazes de se transformar em barcos, tanques e aviões combatia uma organização criminosa com máscaras e veículos semelhantes. O desenho? M.A.S.K., um dos carros-chefes do canal na época.

            E dê-lhe moto! Os “mocinhos” contavam com Brad Turner e sua Condor, um modelo que lembrava as esportivas da época e se transformava num helicóptero, com direito a patins de aterragem nas laterais e um canhão de raio anti-matéria embutido no farol.

 

 

 

Mais para o fim da série, a Condor deu lugar a um stock car e o posto de motociclista foi ocupado por Ali Bombay e sua Bullet. O design da Bullet era interessante: era feia como moto e mais feia ainda como hovercraft de ataque...

            Os “bad boys”levavam vantagem em termos numéricos. Sly Rax atacava com a Piranha, cujo side car virava um mini-submarino e Floyd Malloy dava as caras com a Vampira, que se transformava num jato de combate. Próximo ao fim da série juntou-se a trupe do mal Lester Sludge com um quadriciclo chamado Iguana equipado com serras e canhões.

COMENTÁRIO: Animação com padrão de qualidade variável, roteiros muitas vezes frouxos e situações forçadas... mas mesmo assim era ótimo! Pra quem desejar ver, procure no Youtube o acervo de um usuário chamado Shadowboro.

CURIOSIDADE: Como a maioria dos desenhos nos anos 80, M.A.S.K foi criado apenas para ser alavanca de vendas para a linha de brinquedos do mesmo nome. O exemplo mais famoso dessa tendência é He-Man.

 

 

C.O.P.S. (1988)

 

            No fim da década de 80, a Globo começou a exibir esse desenho, que contava as aventuras de uma unidade especial da polícia de Empire City na luta contra o crime, mais especificamente contra a gangue do chefão Big Boss.

Cada um dos oficiais tinha uma especialidade, fosse em táticas, armas ou veículos. O motociclista da COPS era o oficial David Harlson, codinome Andarilho. Montado em sua Bluestreak, Andarilho patrulhava as ruas da cidade e caçava os bandidos em alta velocidade. Não tinha pra ninguém quando ele estava nas ruas.

COMENTÁRIO: O interessante nesse desenho era o começo e o fim: todo episódio era a leitura de um caso arquivado. “Arquivo C.O.P.S nº. 123466, o caso do fulano de tal”... e, no fim, repetia tudo e dizia “Caso encerrado”. Destaque para o episódio “O mais baixo dos crimes”, que une polícia e bandidos na caça a um traficante de drogas.   

CURIOSIDADE: O desenho foi simplesmente jogado na programação do domingo de manhã da Globo, sem qualquer aviso. Depois esteve nas infinitas encarnações do programa da Xuxa e, por fim, encerrou sua carreira na Sessão Aventura.

 

 

 

MENÇÃO HONROSA: AKIRA (1988)

 

 

            A mais famosa e venerada animação de todos os tempos merece uma menção honrosa. “Akira” é o responsável pela onde anime que tomou conta do Ocidente no começo da década de 90. Independente de qualquer outro fator, a animação certamente é mais lembrada pela famosa “moto do Akira”. O modelo futurista, de cor vermelha e cheio de adesivos, era o veículo com o qual o protagonista Kaneda se deslocava pelas ruas de Neo Tokyo em 2019 junto com sua gangue (os Capsules). A luta de Kaneda contra o ex-amigo Tetsuo, que se revela uma ameaça depois de perder o controle sobre seus poderes psíquicos, tornou-se um dos maiores sucessos jamais vistos em termos de animação.

COMENTÁRIO: Muita gente tem como referência dessa animação a moto de Kaneda. Certamente é um dos modelos mais reproduzidos em todos os materiais e escalas conhecidos, inclusive com unidades plenamente funcionais. Na pesquisa de imagens para esse artigo deparei-me com uma no Japão devidamente emplacada.

CURIOSIDADE: O ronco do motor da moto é resultado da combinação de dois sons totalmente distintos: o ronco de motor de uma Harley-Davidson 1929 combinado ao som da uma turbina de jato.

 

sinto-me:
música: "You know my name" - Chirs Cornell

publicado por L de Leonardo às 16:30
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Sexta-feira, 21 de Novembro de 2008

Recuerdos de Itu

 

 

Foto tirada num passeio a Itu, nos tempos da Maria Valentina (Falcon 2001). Um dos passeios mais desorganizados que já participei. Um "orelhudo" lançou a idéia e só... organização pra que, né?

Mas mesmo em situações como essa dá pra aproveitar alguma coisa boa... tirando a bagunça e o anda-para insano a que fomos submetidos, tive oportunidade de conhecer a Estrada dos Romeiros, que nem sabia que existia. E, oras... andei de moto o dia inteiro! Quero mais o que da vida?

 

em tempo: o colete cheio de pins está no armário, esperando o dono criar vergonha na cara e perder umas arrobas. O óculos sumiu alguns anos depois...


publicado por L de Leonardo às 16:05
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Diários de Motocicleta - viagem em dois tempos

 

 

Mais que uma viagem com amigos queridos, o último Curitiba Motonline Meeting foi uma viagem de aprendizado.

Por obra e graça do meu afilhado de casamento, Fernando "Pé-de-Pano", fui para Curitiba montado em sua jóia pessoal: uma conservadíssima Yamaha TDR 180 1989 (foto), da qual ele é o segundo e orgulhoso dono. Só o fato dele ceder a moto tão desejada e amada aos meus cuidados já diz tudo sobre nossos laços de amizade.

Como eu disse acima, foi uma viagem de aprendizado... nunca havia pilotado uma moto de motor 2 tempos, tudo para mim era novidade. Vejam a equação: motociclista "enferrujado" há meses desde o roubo da Falcon, sem o mínimo preparo físico e com uma moto totalmente desconhecida! A essa altura você deve estar pensando "esse cara gosta de viver perigosamente".

 

Pode ser... mas foi uma viagem excelente! Fora o reencontro com os amigos do Sul e a hospitalidade sempre presente, também me reencontrei com uma moto. E não apenas uma moto qualquer, uma TDR e 2 tempos! Até pegar o "tempo" dela demorou um pouco (até Curitiba, pra ser sincero) mas depois tudo se converteu em alegria. Só nao digo que foi um casamento perfeito porque ela é "casada" com outro, ou seja, o Ricardão sou eu!

 

Aprendi mais com essa moto em 48 horas do que em 13 anos de motociclismo. Uma viagem, sem dúvida, inesquecível!

 


publicado por L de Leonardo às 16:05
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Sexta-feira, 7 de Novembro de 2008

Santos, a cidade-CINDACTA

 

 

Apesar de parecer, isto não é um robô alienígena... é mais um dos trocentos e tantos radares que infestam a cidade de Santos.

Inclusive, hoje foi anunciada a instalação de mais um desses radares, desta vez na av. Afonso Pena - ao menos esse ainda faz alguma sentido, visto que sua instalação restringe a velocidade máxima a 50 km/h nas proximidades de uma escola. Os demais não tem a menos razão de existir, estão colocados em pontos de grande fluxo e obrigam o motorista a andar em velocidade de cortejo fúnebre quando isso não é necessário.

 

Criou-se uma noção equivocadíssima de que o radar funciona como instrumento de educação viária... nada mais falso, encher uma cidade de radares não é a solução para os problemas viários. Ainda mais quando os tais radares estão escondidos e sem sinalização, o que é de praxe por aqui. Pior: restringir a velocidade a níveis inadmissíveis com o fluxo da via (há pontos aqui onde a máxima é limitada a 40 km/h... até um cortejo fúnebre anda mais rápido).

 

Isto posto, da próxima vez que vier a Santos, lembre-se: você está na cidade-CINDACTA, a maior concentração de radares por metro quadrado. E tenho dito!


publicado por L de Leonardo às 15:11
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